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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

PAPÉIS AVULSOS

PAPÉIS AVULSOS
MACHADO DE ASSIS
O Segredo do Bonzo – Capítulo Inédito de Fernão Mendes Pinto 
1 – Narração de um fato absurdo em primeira pessoa.
2 – A virtude e o saber têm duas existências paralelas: uma no sujeito possuidor; outra no espírito de quem ouve ou vê;
3 – Moral do conto: “a essência é a aparência.”
4 – Fernão Mendes Pinto – navegador português autor de Peregrinações. Fernão, mentes? Minto.
5 – O conto narra as vivências do narrador e de Diogo Meireles, na cidade de Fuchéu , no Japão seiscentista.
O Segredo do Bonzo
– Um sábio afirma ter descoberto a origem dos grilos: era a agitação do ar e das folhas de coqueiro.
Outro sábio diz conhecer o princípio da vida futura: era uma certa gota de sangue de vaca.
O sábio dos sábios era um Bonzo de nome Pomada, para quem: “das duas realidades paralelas, a única necessária era a da opinião.”
Titané, discípulo de Pomada, usa um jornal para vender como especiais as suas alparcas comuns.
O Segredo do Bonzo
O narrador, adepto da doutrina, finge tocar um instrumento para uma platéia que se deleita, ouvindo... Nada.
Diogo Meireles faz cirurgia em pessoas que tinham os narizes deformados substituindo-os por narizes metafísicos.
Fim. 
Teoria do medalhão - Diálogo
Diálogo entre pai e filho, às onze horas, após jantar comemorativo dos seus vinte e um anos.
Medalhão: homem que ao chegar à velhice tenha angariado para si respeito e fama.
Segundo o pai, para ser medalhão: a)deve-se usar uma máscara social que encubra os defeitos; b)não apresentar idéias próprias nem originais; c)decorar frases feitas, sem conteúdo, mas cheias de palavreados; d)  usar sempre o senso comum;
Teoria do Medalhão
e) andar sempre com companhias frívolas, jamais sozinho; f) não ler, mas sempre frequentar. bibliotecas e livrarias; g)falar sempre aquilo com que todos concordem;h)fazer o bem desde que todos fiquem sabendo disso;i) na política ser sempre metafísico;j) não buscar filosofia nem imaginação; k)usar a chalaça ao invés da ironia.
O relógio toca meia-noite:  “Guardadas as proporções, a conversa desta noite vale O Príncipe de Machiavelli.” 
A Chinela Turca
O Bacharel Duarte prepara-se para ir ao baile encontrar Cecília.
O major Lopo Alves, amigo da família, chega de surpresa.
Alves solicita de Duarte que leia a sua peça de 180 páginas.
Após a saída do major, entram outros homens, acusando Duarte de furtar as chinelas turcas.
È levado de casa e apresentado, num lugar estranho, a um homem velho e uma linda moça, parecida com a sua Cecília e com quem deveria se casar.
A chinela Turca
Segundo o velho, Duarte deveria se casar com a moça, escrever-lhe um testamento e depois se matar tomando um veneno.
O padre que faria o casamento ajuda Duarte a fugir e é longamente perseguido até chegar a uma casa em que o major Lopo Alves está lendo um jornal.
Duarte acorda com a última frase da peça de Lopo Alves. Tudo fora um pesadelo...
E ele perdera o baile, o namoro de Cecília, mas as ninfas lhe trocaram  uma peça ruim por um pesadelo.
Dona Benedita
Dona benedita tem 42 anos, é casada e tem dois filhos.
Eulália é a filha prometida a Leandrinho, filho de dona Maria dos Anjos, então amiga de dona Benedita.
Em uma festa, o Cônego Rôxo abençoa o casamento futuro.
O marido de dona Benedita é o desembargador Proença, que trabalha no Pará e há muito não aparece.
 
Dona Benedita
Desde a partida do marido, dona Benedita promete visitá-lo, mas... não consegue.
Três dias após o marido partir, ia seguir no primeiro vapor, mas desfez a viagem três dias depois.
Propôs-se escrever uma carta ao marido, mas os afazeres domésticos... e o tempo que passa tão rápido...
Dona Maria dos Anjos vem visitar dona Benedita, mas a encontra fria e indiferente.
D. Benedita combina visitar a amiga Maria dos Anjos na quinta-feira. 
Dona Benedita
D. Benedita, enfim, conclui a carta para o marido, falando-lhe sobre o casamento entre Leandrinho e Eulália.
D. Benedita lia – mas não lia – três romances ao mesmo tempo.
Eulália recusa-se a casar com Leandrinho, mas D. Benedita ameaça-a de obrigar-lhe, já que empenhara a palavra.
D. Benedita quase não vai à casa de D. Maria dos Anjos, por causa de uma enxaqueca.
Dona Benedita
Eulália revela à mãe gostar de um oficial da marinha.
D. Benedita promete ir ver logo o marido, vai comprar as passagens com antecedência, mas, na hora de pagar, resolve deixar para comprar na véspera.
D. Benedita resolve não viajar, porque a sexta não era um dia bom para viagens;
D. Benedita conhece a família do tal namorado da filha e se encanta de súbito, convidando-os para jantar em sua casa.
Dona Benedita
D. Benedita aceita que Eulália se case com o moço da marinha.
D. Benedita nem se lembra de convidar M. dos Anjos.
O desembargador morre no Pará. D. Benedita prepara-se para a viagem, mas... não pôde ir.
D. Benedita começa a desgostar do genro depois do casamento da filha.
Viúva, D. Benedita passa a ser cortejada por um adogado também viuvo.
Dona Benedita
Na dúvida entre casar ou não casar, D. Benedita, debruçada na janela, recebe a visita de uma fada que lhe diz: “Casa...não casarás...se casas...casarás...não casarás...e casas...casando... Essa fada era a VELEIDADE.
Na Arca
Após o dilúvio, Sem e Jafé, filhos de Noé, põem-se a discutir sobre a divisão de terras quando as águas abaixarem.
Cem côvados para cada um é justo, mas e o rio.
Divide-se o rio colocando um pau no meio, diz Sem.
A correnteza derruba o pau e está tudo perdido, retruca Jafé.
Fico eu então com o rio e as duas margens, diz Sem.
Jafé o insulta acusando-o de roubo.
Na Arca
Cam, o terceiro, assistindo à briga, tente acalmar os irmãos, propondo chamar as esposas para opinar.
A briga coninua. Cam é ignorado e surgem ameaças de morte entre Jafé e Sem.
Sempre inflamados os dois contendores partem para os golpes.
Noé é chamado. Jafé e Sem estão agarrados. Noé impõe respeito mas os dois permanecem se ferindo com os olhares.
Na Arca
Do alto da sua sabedoria, Noé murmura: “Eles ainda não possuem a terra e já estão brigando por causa dos limites. O que será quando vierem a Turquia e a Rússia?
Ninguém pôde entender as palavras de Noé.
Uma Visita de Alcibíades - Carta
O desembargador abre um tomo de Plutarco e cai em Alcibíades.
Espírita, o desembargador evoca o espírito de Alcibíades, que vem em carne e osso.
O D. fala da nova Atenas; Alcibíades da antiga.
Alcibíades se espanta quando descobre que Zeus morreu.
O D. diz que vai a um baile.
A túnica de Alcibíades se opõe às calças e aos sapatos do D. “Por que esses canudos de pano?”
 
Uma visita de Alcibíades
A gravata assusta Alcibíades; o colete com três botões o admira; a casaca o deixa consternado; e o chapéu o leva à segunda morte.
O texto que lemos, então, é uma carta do D. ao delegado, pedindo para sepultar uma segunda vez Alcibíades.
FIM. TCHAU E BÊNÇÃO!

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