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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O CONTO EM 25 BAIANOS

1 – A moça dos pãezinhos de queijo – Adonias Filho
  A personagem Célia é uma jovem humilde, sensível e de bom caráter, que ajuda a mãe na loja dos pães de queijo e que se apaixona por um cliente eventual, mudo (devido a um trauma de infância), sensível, de família abastada, chamado Gustavo, cujo pai é preconceituoso e autoritário. Lutando pelo seu amor, Célia desafia as dificuldades e sempre, de forma muito delicada, ajuda Gustavo a superar seu trauma.
2 -0 sorriso da estrela – Aleilton Fonseca
Pedro e Estela são irmãos que não se entendem. Estela é carinhosa e excêntrica. Trata Pedro com um carinho que o irrita, chamando-o de Dindinho. Pedro acha que ela é doida e sente vergonha de ser seu irmão. Estela promete uma estrela para Pedro, caso este lhe desse um sorriso. Estela morre e só no velório é que Pedro compreende o quanto a amava.
3 – Dez anos depois
O coronel Otaviano Cerqueira morre no dia do seu 64 aniversário, de enfarte. Estavam à mesa D. Marilena, sua esposa; Zilda, sua filha; e  o seu genro, José Paulo de Andrada; D. Marilena comporta-se como se nada houvesse acontecido. Passa os próximos dez anos cumprindo todo o ritual de quando o marido estava vivo. Desconhecia os Pêsames. Até que, dez anos depois, diante do fingimento da filha e do genro de que o seu marido continuava vivo, afirmou que o coronel estava morto havia dez anos. Retirou-se para o quarto, e morreu. 
4 – Rosa tem febre demais – Ariovaldo Matos
Um delírio. Um homem com “roupa de sonho” sai às ruas à procura de ajuda para Rosa, que tem febre demais e sofre. Ele encontra crianças pelo caminho e narra para elas a história de um mundo onírico onde crianças não sofrem. Ele acorda do sonho e Rosa já está curada. A mulher guarda a sua “roupa de sonho” e manda que ele durma para mais tarde ir ao trabalho. Ele pensa que acordará feliz e um dia poderá contar para outras crianças a história de Rosa, menina que um dia teve febre demais.
5 – coronel, cacaueiro e travessia – Cyro de matos
Devaneios de um coronel(Higino) sobre o declínio dos tempos áureos do cacau. Um filho (Fernando) que vai estudar na capital e vira comunista, querendo agora fazer a Reforma Agrária nas suas terras. Herdeiros que antes de ele morrer já querem fazer a partilha dos bens. O coronel delira. Lembra dos velhos tempos. O cacau começa a brotar dourado. O coronel não sabe se sonha ou morre.
6 – como um velho saveiro – Dias da Costa
Narrador se lembra de quando perdeu o seu grande amor no naufrágio de um saveiro em uma noite que era para ser de felicidade. Maria ester estava de vermelho, uma mancha de sangue que se afundava. Agora o narrador está sob a lua, na mesma praia, como um saveiro que perdeu o caminho do mar.
7 – o aleijado – Elvira Foeppel
Devaneios de uma mulher que sofre por ter parido um filho aleijado, de cujo parto e primeiros anos ela se lembra com dor e nojo.
8 – Tupac Amaru – Gláucia Lemos
Divagações de uma índia que viu o líder Inca, Tupac Amaru, ser morto decapitado pelo colonizador espanhol. Além de seu rei e seu líder ele era também seu amante. Ela espera que algum dia ele renasça em outro, para a redenção do seu povo.  
9 – As curvas da tocaia no Alto da Maravilha – Guido Guerra
Toninho da Vanda é o narrador, neto do coronel Asclepíades Duarte. Ele volta para uma festa no povoado do Mirante dos Aflitos, de cem anos de nascimento do seu avô. Ele é da fazenda Alto da Maravilha. vem guiado por Tibério boa morte, jagunço do seu avô. Lembra-se do padre; revê a avó doida que não se lembra dele e conversa com os mortos; sente em Tibério o ódio do avô mandante de tantos crimes. Ao chegar, tudo guarda alguma memória.
10 – A casa é a casa – Helena Parente Cunha
Mulher velha e solitária, mas feliz ao seu modo, é instigada pelas suas amigas a abandonar sua casa e comprar um apartamento no Leblon. A casa lhe guarda intensas memórias. Mas as amigas insistem em que no Leblon ela estará mais segura e feliz. Depois de muito resistir, ela muda para o Leblon, mas passa a viver como um vegetal no belo apartamento. 
11 - O outono do nosso verão – Hélio Pólvora
Um casal em viagem. Ela com problemas hormonais. Ele à cata de aventuras sexuais. Lembranças de outras tantas viagens no tempo da juventude. Divagações. As estações que se sucedem metaforizando o tempo que passa e consome as vidas.
12 - Casa dos Trinta – Herberto Sales
Criação solene de uma Academia de Letras de bandidos. Paródia de todas as intrigas que permeiam a criação de academias verdadeiras.
13 - Horário de expediente – Edla Van Steen
Conto Kafkiano sobre como a burocracia desumaniza as pessoas. O Dr. Mariano Cavalcanti passa centenas de dias esperando o atendimento do Dr. Libório Vieira, que nunca pode atendê-lo por conta de infindáveis reuniões. Depois de muita espera as situações se invertem.
14 - A campainha assassina – J. C. Teixeira Gomes
João Marangávio é levado à loucura no trabalho pelo patrão e por uma campainha que não para de soar. Ele sonha e acorda  todas as noites com o som da campainha. Em uma noite, ele acorda com o som de um apito e ataca um vigilante noturno, por quem é morto a tiros. No outro dia é tachado de desequilibrado no trabalho.
15 – Alandelão de la patrie – João Ubaldo Ribeiro
Trabalhadores de uma fazenda apreciam o modo como os bichos se acasalam. Especialmente os bovinos, como no caso de Nonô de Bombaim,  Boi Bundão, Flor de Mel e outros. É quando chega um famoso boi reprodutor chamado Alan Delon, que, negando o modo tradicional de fazer bezerros, decepciona a todos.
16 – O apito – Jorge Medauar
Um menino fica afoito à espera de um grande navio. Depois de muita ansiedade e espera o navio não vem e ele tem que se contentar apenas com o apito ao longe e com um siri escondendo nas locas.
17 – Deus numa segunda-feira – Luiz Afonso Costa
Homem suicida divide quarto com outro homem. Está de ressaca e tem de trabalhar em plena segunda. Divagações e angústias no apartamento pequeno. Sai para andar pelo centro. Divaga sobre temas filosóficos. Religião, individualismo. Procura um prostíbulo. Despreza a prostituta magricela. Enfim entra numa igreja. Com a chegada do padre, balbucia, angustiado: “leve-me ao seu chefe”.
18 – almoço posto na mesa – Luís Henrique
Em um dia normal, durante o almoço, Joaquim José põe-se a comer a si próprio. Membro por membro. Parte por parte. A mulher observa tudo com normalidade. Oferece sal e a salada. Enquanto isso, normalmente, carros colidem nas paredes da casa e invadem-na. A mulher também entra no ritual, começando a devorar-se pelo escondido do seu meio, onde estava o começo e o fim de tudo. 
19 – Um caso complicado – Maria da C. Paranhos
Menino descobre arte de empalhar animais. Adentra um dia a sala de seu Tomé, às escondidas e aprende muito sobre o ofício. A sua família não vê futuro na profissão. Mas ele insiste e se torna um taxidermista famoso. Ganha dinheiro. Atende encomendas até do exterior. Um dia, estranhamente trancado n  o quarto, a sua família surpreende-se com o próprio garoto empalhado.
20 - Feliz aniversário – Orlando Pereira dos Santos
Mulher solitária espera namorado para comemorar o seu aniversário. Ele demora... Nunca chega. Ela sabe por quê. Não há homem algum. A empregada então comemora consigo e é despedida no dia seguinte. Ninguém pode espalhar o seu segredo. No ano seguinte todo o ritual se repetirá.
21 – O desejo e sua dança – Ricardo Cruz
Elvira é reprimida sexualmente e cria fantasias picantes dentro do próprio quarto. A família sabe mas fica indiferente. Ela procura ajuda nos 4 cantos para se libertar. Descobre-se enfim filha de Iansã, o que explica  a sua dupla personalidade. Em um terreiro ela torna-se sacerdotisa e se liberta.
22 - Emília – Ruy Espinheira Filho
Menino se apaixona perdidamente por Emília e vê, em um piquenique, sua chance de conquistá-la naufragar, por que é obrigado a agredir um menino chato, amigo e protegido da sua amada.
23 – a outra ponta do arco-íris – Ruy Póvoas
O médico asclépio antipatiza-se com “povo de santo”. Fecha terreiro sob acusação de charlatanismo. Mas a doença e morte de seu filho, também médico, fá-lo-á regenerar-se e, humildemente, vencer o preconceito.
24 - Na penumbra – Sônia Coutinho
Dois narradores contam a história de seu amor problemático. Ele e ela são amantes. Ela demonstra medo de sexo e deseja revelar o porquê. Ele tenta mostrar-se carinhoso e compreensivo. Ela revela que era, quando criança, constantemente abusada por um homem..., seu pai. Eles fazem amor. Ela, na penumbra, murmura para o amante adormecido: “Papai, papai.”
25 – Um saveiro tem mais valia – Vasconcelos Maia
Homem viaja com amante em um barco. Amigos nos points marítimos, bela paisagem e o amor. E mais, a notícia de que Maria estava grávida. Só felicidade. De repente, o saveiro naufraga e ambos são obrigados a pular na água em plena noite. Os dois nadam e alcançam as pedras. Sofreram pequenos ferimentos. Sangram. A maré começa a subir. Dava para ver Salvador ao longe. Só restava a esperança de um barco de pesca, cedo da manhã. Com o dia amanhecendo, vêm os primeiros barcos. Eles são então ajudados. Pretendem abandonar o saveiro, já que os pescadores tinham de ganhar o seu sustento. Um pescador diz: “Um saveiro tem mais valia”. Quando enfim o barco, todo quebrado, mas com dignidade, é resgatado, Maria enche os olhos de lágrimas.     

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